domingo, 28 de novembro de 2010

Domingo de sol

Já tem uns 3 ou 4 dias que o clima aqui anda outro.
Muito sol, nada de nuvens e poucos ventos. Temperatura por volta dos 20º.
Pros kiwis isso é verão com "v" maiúsculo.
Sexta fui procurar academias e depois caminhar, e a praia estava LOTADA, sexta à tarde.
Fico pensando que tem muita gente tão à toa quanto eu.

Hoje, domingo, saímos por volta de meio dia rumo à feira para comprar pimentões.
Como a feira fica do lado da praia, já levamos toalha e protetor solar, compramos uns sushis (que tal almoçar sushi na praia?) e fomos.
Como era de se esperar, as ruas estavam cheias e a praia então, nem se fala.
Aquela multidão de gente MEGA branca (aqui eu sou morena) esparramada na areia, tomando aquele sol de meio dia na cara, provavelmente sem protetor solar.
Confesso que isso me deixa um pouco chocada... especialmente porque aqui a camada de ozônio é lenda.
Enfim, a pele é deles... e a minha, ainda que com protetor, parece que ficou meio ardida.

Lá pelas tantas o Guilherme inventa que vai entrar na água.
Foi até a água e voltou, sem coragem.
5 minutos depois ele disse novamente que ia entrar.
E entrou!
Hora que ele mergulhou eu até arrepiei, só de me imaginar fazendo o mesmo.
Até chegar aqui eu achava que água fria era de Cabo Frio, Pirenópolis, Chapada dos Veadeiros...
Agora tudo mudou.
Pra provar que dessa vez ele REALMENTE entrou, taí a foto (nesse passeio não levamos a câmera power do Guilherme, então as fotos deste post foram tiradas no iphone... exercitem a imaginação na hora de ver as fotos!):

Quando estávamos voltando, perto do lugar onde acontece a feira (que já tinha acabado), tava rolando um evento da comunidade escocesa (St. Andrews Day) e ia começar, naquele momento, uma apresentação de gaita de fole, com o cara vestido a caráter e tudo mais.

O cara que tá tocando é esse de lado, na frente do palco. Ele ficava andando de um lado pro outro enqto tocava

Adoooooro gaita de fole. Ao vivo então, é uma experiência.
Lindo, lindo, lindo!
Sentamos na grama, ouvimos 2 músicas e continuamos a volta.

Mais cedo, quando passamos na feira, comentei com o Guilherme que tinha visto uma barraquinha vendendo churros. Não consegui ver se era realmente churros como a gente conhece, então na volta mostrei pra ele onde era e fomos lá ver que negócio era aquele.
Constava lá que churros eram "south american donuts" (donuts sul-americanos) e o Guilherme logo disse:
- Aposto que esse cara é brasileiro.
Diálogo que se seguiu:
Guilherme:
- You probably speak portuguese, right? (você provavelmente fala português, certo?)
Cara do dread:
- Yes.
Guilherme:
- Então me vê um churros aí...

O cara deu uma risada e ficamos lá um tempo conversando com ele. O nome dele é Júlio, veio do Espírito Santo e já está aqui na NZ há uns 4 anos (1 ano em Wellington). Gente boa! Chamou a gente pra ir pra praia mais tarde, mas acho que nosso tempo de praia por hoje já deu...
Ah! E o churros (o churros ou oS churros? Fica a dúvida) que ele vende é UMA DELÍCIA!! Tem recheio de doce de leite e de chocolate. Muito bom!

Short, regata e churros. Isso é onde mesmo?

Chegando em casa, para finalizar a aventura de hoje: terremoto!!
Foi fraco, mas demorou um pouco pra passar. E mesmo depois de parar, fiquei sentindo uma vertigem por um tempo (igual à que senti em Goiânia quando teve um terremoto recentemente).
Não tremeu, como a gente geralmente vê em filmes, mas deu pra ver o prédio deslizando horizontalmente... e ele desliza BASTANTE!
Acho que treme é quando o terremoto é mais intenso, não sei.
Sei que não senti nem um pouquinho de medo e nem fiquei assustada.
Meu 1º terremoto neozelandês!!
Deus queira que sejam todos sempre assim suaves.

Daqui a pouco vamos sair de novo pra comer um Fish & Chips (ainda vou fazer um post sobre fish & chips), provavelmente na praia.
Desculpa aí...
:D
Bom domingo pra vocês!

sexta-feira, 26 de novembro de 2010

O primeiro peixe a gente nunca esquece

Guilherme adora pescar.
Como todo pescador, mesmo que não pegue nada, ainda assim ele não desiste.
Aliás, não sei se os lugares que ele escolhe é que são ruins ou se é só azar, mas ele não costuma ter muita sorte nas tentativas.
Assim que chegou aqui, ele comprou os acessórios e vez por outra saía pra pescar, sempre sem sucesso.
Ontem fomos até um pier, ao lado do aeroporto, para tentar mais uma vez. O lugar:


Há uns dias (ou semanas, não sei), ele comprou pela internet uma bolinha de metal, originalmente usada pra colocar chá (não sei o nome daquilo).
A idéia era colocá-la ao lado do anzol, cheia de comida pra gato, para atrair os peixes, assim:


Parece que a idéia foi boa porque os peixes não paravam de beliscar a isca... até que TCHARAAAAAM!
ELE PEGOU UM PEIXE!!! O registro fotográfico:

Quase que o Guilherme não conseguiu puxar pra fora da água

Por sorte a foto saiu borrada porque (atenção pessoas sensíveis: não leiam o resto do parágrafo) o micro peixe foi fisgado pelo olho, coitado... já saiu da água semi morto, então o jeito foi usá-lo como isca e incitar os outros peixes ao canibalismo (nojooooooo).

O pobre peixe, já decapitado e esquartejado

O 1º peixe pescado na NZ! Parabéns, marido! Que você tenha cada vez mais sorte!
Provavelmente não estarei lá pra presenciar os próximos porque, honestamente, acho muito chato ficar esperando pelos peixes, ainda mais com o maravilhoso vento de Wellington, e morro de dó dos bichinhos.
Pra finalizar, uma foto bonitinha do meu pescador favorito:

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

NZ e os esportes radicais

O esporte mais radical que eu pratiquei desde que cheguei na NZ se chama: atravessar a rua.
Adrenalina pura e é de graça!

Para quem é acostumado ao trânsito não-inglês, é realmente um desafio. Você chega no cruzamento e descobre que não faz a menor idéia de onde estão vindo os carros.
No começo eu tentei pensar ao contrário pra ver se funcionava, então na hora de atravessar a rua eu parava e pensava "como é no Brasil?", e me propunha a olhar pro lado contrário do que eu faria lá.
Não funcionou.
Quando eu pensava como era no Brasil, minha cabeça já não sabia mais, e eu acabava mais confusa que antes.

Hoje em dia eu espero pelo sinal da faixa de pedestre. Bem mais fácil e garantido.
Mas se a rua for pouco movimentada, eu olho 2 vezes pra cada lado, olho as faixas pintadas no asfalto, olho mais 1 vez pra cada lado e atravesso. E às vezes ainda sinto que estou fazendo algo errado, ou percebo, no meio da travessia, que eu olhei pro lado errado.
Uma aventura.

terça-feira, 23 de novembro de 2010

Guilherme recebeu ontem esse vídeo da comemoração brasiliense do aniversário dele, com direito a balões, bolo de jujuba e cantoria solo da Pandora no final. Lindo!

segunda-feira, 22 de novembro de 2010

O maravilhoso clima de Waikanae

Antes de começar esse post, um comentário sobre os nomes dos lugares aqui na Nova Zelândia.
O dialeto dos Maori, que são os nativos daqui, está por todo lado, em nomes de cidades, ruas, parques etc, e contrasta enormemente com o inglês, além de dificultar a vida de quem não tá habituado.
Pra dar um exemplo: durante a viagem que fizemos esse fim de semana, quando saímos da praia pra ir ao supermercado, o Guilherme disse "decora aí o nome da rua da pousada", que era Konini. 
Parece simples, mas 5 minutos depois eu já não sabia mais qual era. 
Também, olha o nome das outras ruas: Titoki, Atua, Toru, Rauparaha, Ngapaki, Tutere e assim por diante (isso sem contar quando surge um nome tipo Maungakotukutuku, uma reserva, só por curiosidade).
Como não me diz nada, meu cérebro não consegue memorizar.

Pois bem, comecemos, que isso aqui vai longe.

Sexta-feira à tarde o Guilherme disse que faríamos uma viagem esse fim de semana, pra um lugar chamado Waikanae, e me disse pra olhar no Google Maps os caminhos possíveis até lá.
Um deles vai pela costa. O outro pelas montanhas.
Como não temos montanhas como as daqui em Goiânia, sugeri irmos por lá.
Rotas no GPS, sábado de manhã partimos.

Subimos a estrada, passando por Lower Hutt até Upper Hutt, caminho todo acompanhado pelo Rio Hutt, onde paramos pra fazer as primeiras fotos:

O rio corre ao lado dessa infinidade de pedras
Testando a temperatura da água. Pela cara vcs imaginam como estava...

Em Upper Hutt pegamos a tal estrada chamada Akatarawa, que mais lá pra frente passa a chamar Reikorangi.
Essa estradinha tem mais ou menos 24 km e começa até bem, com 2 pistas e tudo mais.
Lá pela metade do trajeto ela vira UMA única pista, com curvas de 180º e precipícios enormes.
Felizmente os motoristas da Nova Zelândia em nada lembram os brasileiros, então todo mundo anda numa velocidade compatível com o lugar, com todo o cuidado possível.
Tava um sol gostoso, uma temperatura agradável, então baixamos a capota do carro e fomos.

Isso aí são 2 pistas
Uma das várias paradas ao longo do caminho
Mais outra
Isso tenho certeza que é uma lhama
Isso já não tenho tanta certeza... mas olha que simpatia!!
Quase caí do penhasco pra tirar essa foto :P
A cara de felicidade do motorista
Uma ponte na parte da estrada que é uma pista só
Depois das lhamas...

Depois da aventura na estrada, chegamos a Waikanae, uma cidadezinha muito linda e limpa, com umas casas super charmosas.

Suuuuper movimentada também

Paramos pra almoçar. Eu comi um Subway vegetariano, o Guilherme comeu isso aí ó:

Como diria Carlos Jr, "ai meu fígado!"

Um monte de batatas fritas, acompanhadas de 1 salsicha empanada no palito e de 1 filé de peixe também empanado.
Tudo com bastante gordura, embrulhado num papel de pão.
Eu "experimentei" de tudo e confesso que é bem gostoso. 
Aliás, desde que a sinvastatina (medicação pra quem tem colesterol alto) entrou na minha vida, tenho comido todas essas coisas sem o menor peso na consciência.
:D

Vai uma aí? Tem batata pra uma família inteira.

Depois de comer, saímos à procura de um lugar pra ficar.
No dia anterior o Guilherme tinha pesquisado uns hotéis na internet e fomos olhar alguns deles.
Um deles era mais ou menos. O outro não tinha vagas, mas tinha um gato tãããão lindo e manso, e é CLARO que eu vou postar a foto dele:

OOOOOOhhhnnnnnn...

E foi aí que Guilherme olhou nos itens cadastrados no GPS e achou o que pensávamos ser um hotel.


Na verdade é a casa de um casal (Meggie e Bob, figuraaaaaaaças), e eles têm tipo um chalé separado pra alugar, além de um quarto com sala e banheiro, dentro da casa deles, também pra alugar.
Quando a Meggie trouxe a chave e abriu o chalé, ficamos impressionados! 
Tivemos que ficar!!

Visto de frente
A parte de trás
A sala, tão quentinha e aconchegante, com suas janelas enormes que dão pra um jardim maravilhoso
A cozinha totalmente equipada
Um dos quartos
Guilherme fazendo o test drive do quarto de casal
Lanchinho
Do lado tinha esse campo de golfe

Demos uma volta pelo jardim e encontramos tanta coisa diferente!

Só alegria
Esta é LC (Little Cat), de Meggie & Bob

Decidido onde ficar, fomos à praia que fica lá do lado.
Curiosidade sobre as praias que visitamos: todas elas têm areia preta.
Isso porque parece que a areia vem de rochas vulcânicas, mais escuras (confirma isso aí pra gente, Tadeu!).
Apesar do aspecto diferente do habitual, a areia é beeeeeeeem fina e macia. E como ela estava quente por causa do sol, melhor ainda.

Jurando que ia entrar no mar
Entrou até as canelas e voltou cabisbaixo, tadinho...
Areia preta
As praias aqui são cheias de conchas grandes
Separando umas conchas

O curioso é que não estava frio.
Segundo a Meggie, Wellington é fria porque o vento que bate aqui todo dia, o dia todo, vem da ilha sul, e existem montanhas entre Wellington e Waikanae que impedem esse vento de chegar lá.
Durante o dia estava uma delícia, com céu aberto, mas mesmo no fim do dia quando deu uma chuva fininha, não fez frio.
Isso me fez perceber que o clima aqui não é terrível como eu imaginava. O problema é Wellington.
Agora vou começar uma campanha pró-Auckland... 
hehehehe

No dia seguinte continuamos indo para o norte.
Passamos por Peka Peka:


Então paramos em Otaki
Praia linda, com mais ondas que o normal, sol... 
Até que abrimos a porta do carro.
Que vento gelaaaaaado!
E uma galera na praia, participando de uma competição sei lá de quê, com caiaques.
Demos uma mini volta na praia e corremos pro carro.

A competição

De lá continuamos até Waitarere, que era nosso destino original.
E que decepção..
Depois de tantas praias lindas, chegamos até essa praia de filme de terror, cheia de árvores mortas, praticamente sem vegetação ao redor, sem pessoas... só um vento frio e a areia preta sendo levada pelo vento.


Mais que depressa demos meia volta e pegamos a estrada de volta pra Wellington, com direito a mais duas paradas: uma delas num rio (como no Rio Hutt, cheio de pedras claras):

Adorei essa foto

E a última parada em Porirua, no Parque Whitireia:

O mar tão azul que se confunde com o céu

Chegamos em Wellington domingo por volta das 16h, cansados mas felizes.
Realmente tudo tem sido uma experiência totalmente diferente e talvez o mais diferente de tudo seja a sensação de liberdade e de segurança.
É por isso que eu reforço o convite: venham conhecer a Nova Zelândia!!
(o governo não está me pagando nada pela propaganda)
É tanta coisa TÃO bonita pra se ver que eu olho pra essas fotos agora e percebo que elas não fazem jus à beleza dos lugares.

Obs.: hoje (22/11) é aniversário do Guilherme! Parabéééééns marido! Já fizemos a comemoração comendo um sushi na esteira (um monte de pratinhos numa esteira, você escolhe o que mais te apetece) e um bolo de chocolate que eu comprei, porque aqui em casa não tem batedeira nem liquidificador. Eis as fotos: 

A camisa que eu dei de presente
O bolo (muito bom, por sinal)
Feliz aniversário, Gui!